É muito importante a gente se conhecer bem, saber avaliar como está emocionalmente e procurar alcançar uma constante positiva, pra ficar bem com a gente mesmo e relacionar-se bem com as outras pessoas. Você sabe avaliar seu estado emocional? Você sabe se é estável emocionalmente?
Visualize a princípio, 3 quadrinhos com as legendas abaixo e escolha 1 deles, pra dizer pra você mesmo como está agora. Qual quadrinho escolheria para se descrever emocionalmente?
ESTOU BEM.
ESTOU MAIS OU MENOS.
ESTOU PÉSSIMO.
Estado emocional é assim: varia de acordo com os pensamentos, com as crenças positivas que tenho a meu respeito, e a constância de bons pensamentos depende também de recursos que a gente pode adquirir e colocar a nosso favor.

Se durmo bem, se me alimento adequadamente, leio e aprendo, desenvolvo o meu potencial, por exemplo, fico pleno de recursos internos, para ter bons pensamentos, ser criativo, resolver desafios que devo enfrentar e consequentemente tenho bons pensamentos a meu respeito e formo um ciclo positivo para ter bons pensamentos, boas emoções que novamente vão alimentar bons pensamentos…

Se consigo manter bons pensamentos, principalmente a meu respeito, tenho sentimentos bons e produzo sensações no meu corpo e quando tenho maus pensamentos a meu respeito, desencadeio emoções negativas e tenho sensações ruins no corpo.
Tomar decisões quando estou mal é a pior coisa que posso fazer comigo mesmo e com os outros!

Deixe-me lhe contar uma coisa.
Nosso cérebro é feito de camadas…
A camada mais antiga do nosso cérebro é a chamada cérebro reptiliano. Todos nós temos essa camada. (Aliás, todos temos as 3 camadas.)
O cérebro reptiliano , também chamado cérebro basal, é o “departamento” mais antigo, é a parte que nos coloca em ação ou nos ajuda a fugir, como no tempo dos nossos ancestrais. Pela sobrevivência, buscávamos comida para matar a fome, água, para matar a sede. Essa parte do cérebro é responsável pela reprodução da nossa espécie. Sob o uso do cérebro reptiliano respiramos e fazemos coisas para as quais não precisamos pensar, para que aconteçam.
Nosso coração bate, nossos órgãos cumprem suas funções, e nem damos conta, não precisamos dar nenhum comando, tipo: _ Estômago, prepare-se aí, vou mandar comida. Ele já sabe quando vamos comer e começa a se preparar sozinho, para receber o alimento.
Há também o cérebro límbico.
É a camada ligada às nossas emoções, sentimentos. Formou-se bem depois na espécie primata. Segundo estudos, os mamíferos e as aves possuem essa camada. Sendo mamíferos, possuímos esta camada, e como a possuímos! Se não controlamos essa parte, saímos por aí comprando sem critério, sem ter dinheiro, assumindo dívidas, compramos porque gostamos ou nos convencem com facilidade, apelando para nossas emoções, de que será bom para nós. “Eu preciso disso”, eu decido, e rapidinho saio da loja com a compra. E quando chego em casa é que dou conta: _ Mas disso eu já tenho!_ ou _ Como vou fazer para pagar isso?
É por decisões tomadas pelas emoções sem controle da razão que digo: _ Nossa! Acho que bebi demais ontem à noite. Ou _ Eu não podia ter ficado com aquele cara! _ Essa roupa não era pro meu bico! _ Como vou pagar isso com o salário que ganho? _ Eu usei meu cartão de novo?! _ Eu não podia ter feito isso!
Mas fez, meu caro! Você não deixou que sua decisão fosse tomada no córtex pré frontal do cérebro!
Pelo sistema límbico, julgamos as coisas assim: isso é agradável, me dá prazer? Então eu faço, então eu compro, então eu digo. Isso é desagradável, não me dá prazer, isso causa dor e sofrimento? Não faço, não quero, não vou fazer.
Sistema racional, neocortex cerebral.
É a camada mais nova do cérebro. Os humanos a possuem.
Por volta dos 18 anos atingimos o nosso estado adulto, e nosso cérebro está pleno; somos responsáveis por nossos atos. Só que muitos de nós adultos não assumimos o controle da razão sobre as emoções!
O nosso cérebro quer sempre nos levar para a nossa zona de conforto.
Dependendo apenas da nossa zona de conforto, ficamos onde estamos, não queremos saber de ordem, organização, crescimento, disciplina; tudo isso cansa e nos causa desconforto.
Se enfrentamos, temos desconforto, mas progredimos e chegamos noutro estágio de desenvolvimento humano, que pode ser novamente uma zona de conforto. Se seguimos, saímos novamente da zona de conforto, lutamos, progredimos, chegamos a novo estágio e assim podemos seguir; isto é vida e evolução. Parar é estagnar.
Vida é movimento, ação, mas podemos apreciar o que encontramos pelo caminho, e viver é também o caminho, não importa só chegar à meta, importa fazer bem o percurso,o caminho.
Se tomamos decisões pela nossa zona de conforto, não saímos para trabalhar, não limpamos a casa, não estudamos, procrastinamos, adiamos compromissos, aliás, que compromissos?
Quando tomamos decisão e vamos ao trabalho, estudamos 5 horas por dia, achamos hora para estudar para o concurso, dizemos não ao que não nos convém ou não convém aos outros, estamos usando nossa Inteligência Emocional, ou seja, a grosso modo, estamos tendo controle da razão sobre as emoções.
Através da razão, deixamos que a decisão chegue ao córtex cerebral, ao lugar do cérebro que fica situado atrás da nossa testa e decidimos falar com respeito, tratamos o outro com misericórdia, amor, temos gratidão, queremos fazer ou entender as regras do jogo ou da vida, lutamos por nossos direitos e cumprimos com nossos deveres.
Quando sentimos raiva, respiramos fundo, contamos até dez, para depois tomarmos a decisão e ver o que é melhor responder, comprar, poupar, estamos no controle das emoções e estamos usando nossa Inteligência Emocional.
Através da razão baixamos o volume do rádio, para não incomodar os outros, aprendemos um tom novo de voz que não ofende nem magoa as pessoas, somos sensatos, polidos, respeitosos.
Grandes líderes e diplomatas usam a razão. Chefes que não usam a razão e não pensam no bem de todos, são autoritários, tiranos; gritam, vociferam, não usam de misericórdia, não têm compaixão.
Pessoas bem sucedidas tendem a pensar duas vezes, voltam atrás, reconhecem quando erram, pedem desculpas, fazem de outro jeito, estudam, têm autodisciplina, autoconhecimento, buscam desenvolvimento pessoal, estão sempre querendo aprender, reconhecem e decidem que querem aprender até o último de seus dias.
O cérebro racional está bem desenvolvido nos mamíferos, especialmente na espécie humana.
O fato é que o cérebro é mesmo uma potência e uma realidade instigante e tem-se muito a descobrir e estudar a seu respeito. Ainda é possível que os neurocientistas façam muitas novas descobertas, mas já seremos espertos, se colocarmos esta potência que é o cérebro a nosso favor..
Voltemos ao caso dos quadrinhos lá do início.
Deveríamos imaginar esses quadrinhos básicos de como estamos, até sabermos definir melhor como estamos emocionalmente.
Se percebemos que estamos bem, usamos o quadrinho com uma carinha verde, por exemplo, alguém já disse. Podemos falar com os outros, estamos bem e felizes, pensamos bem a nosso próprio respeito e seremos gentis com as outras pessoas, provavelmente, se falarmos ou interagirmos com elas. Estamos no uso da nossa razão.
Se pegamos nosso quadrinho de carinha amarela, não estamos ótimos para falar com os outros; precisamos “ir ali”, “voltar para dentro”, para depois interagirmos com as pessoas.
Se estivermos no vermelho, aí já se sabe; não devemos nos expor; vamos fazer desordens das quais vamos nos arrepender.
O melhor é tomarmos sempre consciência de quem está no comando agora: minhas emoções, meus instintos ou minha razão.
Saciados a fome, a sede, o cansaço, o sono e estamos vivos; se controladas as emoções, podemos sair para nos relacionarmos, porque não vamos sair condenando; seremos capazes de amar, respeitar o outro.
Se o outro errar, vou condenar o erro, mas vou amar a pessoa, vou conseguir tratá-la bem, por saber que o amor é melhor e mais leve do que o maltrato e que o maltrato não corrige, dá mau exemplo e deixa marcas danosas em ambas as partes, no que é maltratado e no que maltrata.
Importam o caminho, o percurso, as pessoas que encontro pelo caminho ou com as quais convivo.
Uma matéria de blog é pouco para falarmos do assunto, mas já pode trazer algumas reflexões e vontade de aprender mais.
O cérebro humano está sempre sendo estudado, cientistas e neurocientistas sempre trazem novidades. Fiquemos atentos para com as contribuições das ciências e neurociências.
Ainda acredito no ser humano, sabia?
O ser humano é o mesmo em qualquer lugar; tanto que se você falar em qualquer país, com qualquer raça humana, povo, tribo, comunidade sobre emoções e sentimentos, todos entendemos o que é raiva, medo, felicidade, alegria, amor, ciúme, mágoa, inveja, traição, culpa, autoestima.
Há pessoas que superam sentimentos ruins e permanecem em bons estados emocionais por mais tempo em todos os países. Em todos os povos há pessoas que se comportam como guerreiros e há outras tantas, talvez menos, que se comportam como mestres.
Em todos os lugares há pessoas que vivem para comer e outras, menos, que comem para viver; há pessoas que buscam bens materiais e outras que querem também outros bens, que lhes parecem “bens que não passam”.
Eu não acredito muito em dividir os povos em bons e outros, ruins, traiçoeiros, vingativos.
Acredito que haja pessoas em todos os lugares em estágios e estados diferentes. Porque estado emocional dá para mudar.
Em todos os lugares há pessoas que superam constantemente suas crises e há pessoas que perpetuam em si crises e pendências não resolvidas de gerações, sem pensar que quando não resolvem sozinhas, podem e devem buscar ajuda profissional.
Usemos os quadrinhos, pelo menos mentalmente, pra sabermos e sinalizarmos como estamos, como queremos estar e aprendamos a permanecer por mais tempo em bons estados emocionais e no controle de nossas emoções.
O restante serão considerações para outras matérias de blogs. A gente sempre volta.
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Para ilustrar e falar sobre gerenciamento das emoções , veja o vídeo com abordagem rápida de iniciação ao tratamento comigo para gerenciamento e controle da raiva, por exemplo. Aqui o Vídeo. Não deixe de ler a descrição do vídeo!