|| A violência na comunicação é grave e “evolui”.
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A violência na comunicação é grave e “evolui”.

A violência na comunicação é grave e “evolui”.

Não seja o agressor nem a vítima nas relações!

Nosso mundo, nossas comunidades estão adoecidos emocionalmente.
Muitos homens se preocupam mais em serem viris do que em serem gentis e mostrarem afeto. Temem falhar na hora do amor, mas descuidam-se de cultivar a gentileza todo o tempo, com todas as pessoas, em toda parte.
Esta é apenas uma face dos atuais problemas, pois doenças emocionais atingem de uma forma ou outra, homens, mulheres, jovens, crianças de todas as classes sociais. Sempre foi assim, mas assim não podemos mais deixar que fique; a humanidade precisa querer curar-se.
Não há que se procurarem culpados; nossa cultura levou-nos aos resultados que aí temos.
O fato é que nos deparamos com doenças emocionais, mentais, espirituais e esbarramos numa só causa: a falta de amor, a incapacidade de amar, o egoísmo, pior, o egocentrismo, que vai nos isolando e fazendo agressores e vítimas, que muitas vezes se alternam nas posições, perpetuando sofrimentos. 
Felizmente o caminho da cura oferece tratamento eficaz que passa pelo amor e pela supressão do egoísmo.
É o egoísmo que impede relações saudáveis, afetuosas, satisfatórias, que trava a convivência normal com os demais seres humanos.
As pessoas estão sedentas de amor e fazem qualquer coisa para receber amor, mas precisam aprender o “é dando que se recebe” do Francisco de Assis.
Não é possível mais continuar achando que a pessoa doente precise de mimos: com mimos continuarão doentes!
O que causa a doença emocional, o crime, o tumulto, o grito, a rebeldia, a desordem, a dependência, a inquietação, o abandono, a negligência, a separação, as guerras, os desentendimentos, a cobiça, a corrupção, o descontentamento, o serviço mal prestado, as desigualdades, os conflitos, as tensões – senão o egoísmo e a incapacidade de amar?
Se duvida, pergunte a quem esteve doente emocionalmente e conseguiu se recuperar.
Pergunte e veja se o segredo da recuperação não esteve de mãos dadas com aprender a dar amor, enxergar a dor do outro, aprender a ter compaixão e misericórdia do outro, importar-se com o outro. Cada pessoa é autora da própria doença do egocentrismo, que se reflete em arrogância, busca e satisfação do interesse próprio, cobiça, ganância, autopiedade.
Não há nada errado com a mente da pessoa emocionalmente doente; apenas ela não gerencia suas próprias emoções.
É lógico que doença emocional é real!
É lógico que é de fato uma enfermidade e que a pessoa precisa de ajuda!
É lógico que a pessoa não é louca! Ela sabe muito bem o que está fazendo; sabe muito bem o que se passa, somente que usa toda a astúcia e presunção neurótica, para que sua vontade prevaleça sempre!
E está cada vez mais adoecida, e pessoa doente precisa de ajuda, antes que encontre seu fim na cadeia, no hospício ou no cemitério!
Aceitando ajuda, a pessoa terá de assumir a responsabilidade até de sua própria doença. Terá de assumir a derrota, procurar ajuda profissional e espiritual, para ter a feliz companhia das pessoas e ser feliz.
Fechar a porta, convidar o outro a sair, obrigar o outro a sair, deixar o outro falando sozinho, gritar para o outro parar, não admitir diálogo, …
Fazer o que bem quer, sem se importar com o outro, não dividir serviços e responsabilidades, querer e esperar tudo pronto para si, sem assumir tarefas…
Tratar pai, mãe, cônjuge, colegas, chefes subalternos com rispidez…
Ficar no jogo, no computador, no vício, sem assumir compromissos e responsabilidades na relação…
Alterar a voz gritar, falar palavrão e palavras inconsequentes, ofensivas; fazer ameaças, diminuir o outro, humilhar…
Não organizar, desorganizar, não se responsabilizar pelas próprias coisas, assuntos, serviços comuns a todos são sintomas de doença emocional, egocentrismo, falta de amor.
Gritos “evoluem” para socos, gestos violentos, espancamentos, homicídios.
Em certo sentido e momento, doença emocional, doença mental, doença espiritual são sinônimas, e a cura pode estar no parar de olhar para o próprio umbigo, querer o bem do outro e lutar por isso.
Observe os centros de recuperação: o que fazem as pessoas lá, para se recuperarem, entre outras coisas?
Trabalham na horta comunitária, na lavanderia, na cozinha, na limpeza e organização de espaços comuns, coisas e objetos compartilhados, além de cuidarem das próprias coisas…
Parar de querer ser mimado e olhar para a dor do outro : veja se não estão aí o segredo e o começo da recuperação da saúde emocional.

Este texto foi anteriormente publicado no Instagram em 01 de outubro de 2018. posteriormente em outras redes em que estou presente e foi hoje reeditado , para ser postado aqui.


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