|| Ei, você não precisa acabar sozinho outra vez!
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Ei, você não precisa acabar sozinho outra vez!

Ei, você não precisa acabar sozinho outra vez!

Preste atenção às queixas e demandas do outro

Você acha que sabe ouvir o outro?
O que você faz com as queixas que ouve?
Que atitude você toma quando sua parceira começa a reclamar?
Você diz: “Pronto! Vai começar!”?
Você fica olhando pra cima, revirando os olhos, tamborilando com os dedos nos joelhos, “esperando a tempestade passar”?
Você grita, sai andando, diz que “está de saco cheio”?
Você vai para o quarto, tranca a porta, dá corda aos pensamentos de traição e alimenta as emoções lascivas em que a personagem que contracena com você definitivamente não é aquela que ousou falar com você sobre como está se sentindo sobre a má distribuição de tarefas?
Dá-lhe um castigo de uma semana sem abraço e conversa? Pois saiba que estas não são as melhores atitudes de inteligência emocional, inteligência social ou inteligência sistêmica!

Se o problema entre vocês for a divisão de tarefas, isso precisa ser resolvido e não pode ser ignorado, sob pena de a relação minguar ou até mesmo terminar.
Se um na relação se sente sobrecarregado, desconsiderado, desamado, explorado, a relação tende a ruir como um castelo de areia construído na praia. Não terá força para sobreviver.


Se você pensa: “não, eu não cozinho, não lavo porque já tenho o meu trabalho”, se você só faz o que gosta e sempre deixa para o outro o que não gosta de fazer, você não está sendo justo, maduro o suficiente nem leal; você está prestes a tornar-se o príncipe que vira sapo na relação.
Se ela diz com toda as letras o que espera de você, ouça com atenção, olhando nos olhos dela, de preferência de mãos dadas com ela, com humildade, generosidade, atributos de companheirismo e sensatez.
Um homem apaixonado, maduro emocionalmente, aberto ao diálogo e propenso à compreensão demonstra sabedoria e é o companheiro ideal para a mulher igualmente madura e sábia.
O lar desse casal será sólido porque é assim que se constrói o que é fadado a ficar de pé e prosperar.
Um homem maduro de longe reconhece uma mulher madura.
Igualmente, o homem imaturo só encontrará mulher imatura porque foram feitos um para o outro… até que a deslealdade e a desunião lhes venham bater à porta.
Esses últimos (homens e mulheres imaturos) vivem trocando de pares, mas só encontram “mais do mesmo” e fazem generalizações: “mulher/homem é tudo igual, só muda o endereço”, mas eles também não mudam ou mudam para pior, vão adoecendo emocionalmente.
Ficarão a vida procurando novos pares, se não amadurecerem emocionalmente, e a solução não está em ficar trocando de par indefinidamente, está em crescer emocionalmente.
Felizmente isso tem conserto, é possível crescer em inteligência emocional, de preferência, aprendendo com os erros dos outros.
Sistemicamente, precisam buscar o equilíbrio nas trocas: eu faço positivamente um pouco por você, e você faz um tanto e mais um pouco positivamente por mim. Cada vez eu faço um pouco melhor pelo outro e para o outro e vice-versa.
Se não crescerem, se perpetuarão como ‘filhinhos de mamãe” e “filhinhas de papai”, na linguagem de Bert Hellinger; outro dia falarei mais sobre esses termos.

Equilíbrio nas trocas se aprende em casa, desde cedo


Meninos e meninas devem aprender a fazer desde cedo pequenos trabalhos domésticos ajudando seus pais e não vão cair partes do corpo de ninguém durante a aprendizagem.
Lavar louça, arrumar cama, limpar banheiro, cozinhar, passar roupa, pregar botão, estender roupa no varal, fazer café, fritar ovo: melhor aprender desde que já possam fazer pequenos trabalhos, para que um dia, adultos, achem normal todos realizarem e repartirem tarefas.
Não é comum que meninos e meninas que ajudam seus pais e os respeitam e honram desde pequenos passem por problemas de divisão de trabalhos e relacionamentos imaturos quando adultos porque não têm vergonha nem preguiça de realizar tarefas domésticas e têm senso de justiça e organização bem fundamentados em seus critérios e valores.

Preste atenção às queixas e demandas do outro


Não basta ouvir e sair andando, não resolve ficar amuado porque ela cobrou mais afeto e atenção.
O que ela está pedindo? Melhor divisão de tarefas? Então as flores não adiantam muito. Quem se queixa de mal divisão de trabalhos em casa quer melhor divisão de tarefas e oferecer flores, café da manhã na cama nessa hora não resolverão a dor emocional, se tudo continuar igual na hora do trabalho doméstico; pelo contrário, flores e café na cama poderão resultar em efeito contrário, e a pessoa que se queixa poderá se sentir pouco amada, compreendida e ainda ignorada e enganada pelo parceiro.

Quer saber o que acontece com quem faz menos na relação?

O parceiro que insiste em resolver as queixas de má divisão de trabalho com flores realmente não ama com maturidade, não joga limpo, quer comprar o outro, e a tendência será acabar sozinho.

Abandonará, trairá ou fará incoscientemente tudo para ser traído, e chutado porque, sem saber, não suporta o peso de só receber e receber muito!

Mulheres que pagam estudos, compram apartamentos para os amados que não lhes fazem nada em troca, homens que levam café na cama, dão flores, sem receberem nada em troca alimentam relações que tendem a não durar e muitas vezes acabam sozinhos de novo e de novo, porque não há equilíbrio nas trocas em suas relações amorosas.

É Bert Hellinger que nos ensina com as suas ordens do amor o que é o equilíbrio nas trocas, e eu posso constatar isso frequentemente no atendimento aos meus clientes, que ao final da sessão literalmente batem na testa, como a dizer “onde é que eu estive com a cabeça?” e “sim, agora eu vejo”. Se aprendem de verdade, eles costumam sair muito gratos das sessões.

Homens e mulheres que dão tudo incondicionalmente ao outro, sem receberem nada em troca sustentam por algum tempo sozinhos um amor desequilibrado nas trocas. Sairão de um relacionamento, engatarão novos relacionamentos em seguida e, se nada aprenderem, se continuarem na imaturidade de muito fazer pelo outro, cairão do cavalo, levarão frenéticas rasteiras, terão depressão, ansiedade alta e outros estados emocionais ruins e negativos indefinidamente.

Eu faço questão de no programa online de atendimento que realizo com meus clientes incluir e dedicar ao menos uma sessão para alertar sobre esses assuntos pertinentes, se vejo que a depressão de meus clientes aparece com o fim de mais um caso de (des)amor e traição em suas vidas.

Você pode e deve fazer tudo por outra pessoa somente quando ela não pode realizar sozinha. Do contrário, ela não crescerá emocionalmente, não enfrentará luta nenhuma, não terá resiliência, tenderá à deliquência, não arrumará a própria casa, procurará sempre quem faça por ela, não achará necessária a limpeza de seu espaço, conviverá com espaços sujos e esperará sempre que o outro, pai, mãe, irmão, esposa, colega de apartamento faça a limpeza, lave a sua roupa, faça a sua comida. Não será grato, será mal-educado, grosseiro, violento e abandonará seus entes que não aprenderam a amar.

Neusa Storti é autora do livro “10 Passos para Viver Sem Ansiedade”

Neusa Storti é idealizadora do programa online “Da Ansiedade ao Bem-Estar”

Se preferir, agende sua consulta de teleatendimento.

Só você pode escolher tratar-se e querer o melhor para você. A melhor decisão é sempre a sua.

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