|| Basculé, Basculó e as Gerações (na verdade, um apólogo)
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Basculé, Basculó e as Gerações (na verdade, um apólogo)

Basculé, Basculó e as Gerações (na verdade, um apólogo)

Eram peixinhos-basculantes: abriam-se para as causas e coisas próprias e fechavam-se para ideias, iniciativas do outro, por preservação, por opção, pirraça ou porque achavam que tinham mesmo razão. Mas isso depois que se casaram.

Basculé e Basculó casaram-se…


Isto mesmo: Basculé e Basculó casaram-se. Nasceu Básculo, orgulho de Basculó. Daí escancararam-se as diferenças entre Basculé e Basculó. Se um queria nadar para outras águas, o outro emburrava, no caso, empeixava, e não ia. Se o outro convidava para umas nadadinhas até as água-pés, não, o outro não ia, tinha que ficar, tinha muito o que fazer. E com o Básculo, coitado, era complicado. Ensinavam-lhe coisas contrárias, e ele ficava confuso.
Básculo cresceu e, apesar das incoerências paternas, deu-se bem. Casou-se. Daí nasceu o Bascuneto, alegre, uma figura. E com muito jeito, até sem falar nada, Bascuneto ensinou que o que contava mesmo era amar e ser amado. E ele era muito amado. Por isso fazia bicos, arregalava os olhos, nadava fazendo voltinhas, imitava outros peixinhos e até os peixes grandes. Cativava todo mundo com as bolhas barulhentas que sabia fazer.

E foram todos felizes para sempre…


Os vovós finalmente ficaram tranquilos e por fim adotaram uma linguagem comum: a que o peixe-neto ensinava até sem querer e sem prestar muita atenção. E foram todos felizes para sempre.

E aí, gostou dessa história? Conte-a para a sua criança, mas lembre-se de resgatar esses valores para a sua criança interior também.

Leia para os seus filhos. Você pode fazer uma sessão semanal antes de dormir, por exemplo. Esse momento pode incluir os pais e as crianças. É um momento sublime, feliz, em que vocês se abraçam, se tocam. Pode ser na cama do casal. Papai de um lado, mamãe, do outro, filhos pequenos no meio. Papai lê um dia, mamãe lê outro dia. Ler contando a história, colocando interpretação. Isso tem ligação direta com o gosto pela leitura que as crianças vão ter um dia já quando adultas.

Assim podem fazer com filmes , na sala de TV: todos juntos para ver o filme. São momentos únicos, marcantes, que podem ficar para a vida. Apenas a título de teste, para experimentar mesmo, que tal ver apenas um pequeno vídeo? Se a sessão já está muito longa, e é hora de dormir, retornem outro dia para ver com as crianças o vídeo que vou deixar aqui.

E, voltando ao texto do blog, pense na importância de os pais falarem a mesma linguagem com os filhos e de serem coerentes: se um diz não, o outro não deve dizer sim, pois a criança ficará confusa ou poderá fazer mau uso da incoerência, prejudicando-se e prejudicando ainda mais a comunicação e o convívio entre todos.

É bem importante que os pais pensem o melhor para os filhos, respeitem reciprocamente a autoridade um do outro e que por nada retirem ou questionem a autoridade um do outro na frente da criança. Se surgirem divergências, é importante conversar, para estabelecerem pontos e ideias comuns sobre cada tema: dormir na casa do amiguinho, fazer deveres de casa antes ou depois de brincar, estabelecer horário para ficar no computador ou tablet, etc..

Quando esse apólogo foi escrito e publicado em 13-04-2008, pela primeira vez em outro site, ele teve apreciações de leitores. Como o estou trazendo definitivamente para este blog, vou cuidadosamente postar aqui os comentários, porque são lembranças queridas e muito preciosas para mim, esses comentários.

Comente você também aqui abaixo, para eu saber o tipo de texto que agrada o meu leitor e assim poder aprimorar o meu trabalho.

Se algo lhe chamou a atenção sobre algum aspecto da comunicação entre os pais e as crianças aqui ligeiramente abordado, podemos nos falar mais sobre isso.

(41) 99176-0547.

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